Valdemar Jr apresenta PL para manejo da fauna silvestre e exótica
O deputado estadual Valdemar Júnior (MDB) apresentou na tarde desta terça-feira, dia 04, na Assembleia Legislativa, o Projeto de Lei que estabelece critérios para a gestão do uso e manejo da fauna silvestre e exótica no âmbito do Estado, a fim de regulamentar o setor.
A matéria pretende promover o licenciamento ambiental de atividades e empreendimentos de manejo e criação de animais da fauna silvestre brasileira e exótica, nos limites do seu território observado o disposto na Lei Complementar Federal nº 140, de 08 de dezembro de 2011.
Segundo Valdemar Júnior, o Tocantins ainda não possui uma legislação própria para a regulamentação do uso sustentável da fauna silvestre e exótica. “Cabe ao estado cuidar da preservação da fauna local, porém infelizmente ele ainda não possui legislação própria, no que diz respeito ao uso sustentável da fauna silvestre e exótica, e precisa desta lei para se organizar no processo tanto da criação de animais em ambiente doméstico, quanto no processo comercial, porque aí contribuirá para o combate ao contrabando e maus tratos das espécies em cativeiro”, observou.
“O comércio ilegal de animais silvestres é o terceiro maior do mundo, ficando atrás apenas para o do tráfico de drogas e o de armas, e o Brasil por ser um dos países com a maior biodiversidade no mundo, sendo uma rica fonte de produtos, acaba atraindo atenção desse mercado ilícito”, ressaltou o deputado”.
Dados Renctas
De acordo com o relatório da Rede Nacional de Combate ao Tráfico de Animais Silvestres (Renctas), o crime de tráfico de animais representa um mercado anual de US$ 10 bilhões a US$ 20 bilhões no mundo. Dados apontam que o Brasil corresponda por cerca de 10% do valor movimentado no mundo e a maioria dos animais apreendidos em contrabando são as aves, principalmente pelo alto valor de mercado. Com a implementação de criadouros legalizados nas diversas categorias espera-se importantes aliados no combate a este tipo de crime.
O parlamentar destaca que o tráfico retira dos biomas brasileiros milhões de animais e movimenta pelo mundo bilhões de dólares. “Então esse Projeto de Lei será de suma importância para a proteção da nossa fauna, pois estabelece regras de proteção, preservação e uso sustentável dos animais, promovendo assim o combate à ilegalidade, definindo as categorias de atividades ou empreendimentos e estabelecendo principalmente os critérios gerais para a autorização de uso e manejo, em cativeiro, da fauna silvestre e exótica e principalmente atuando no combate ao mercado negro e tráfico de animais silvestres no território tocantinense”, explicou.
Com a lei aprovada, novas oportunidades de emprego e negócios surgirão no Tocantins, o mercado veterinário, rações, os comerciantes e criadores de animais silvestres terão que se regulamentar e se enquadrar nas regras, para desenvolver a atividade. Hoje, existe em alguns estados exemplos de criadouros de animais silvestres bem sucedidos, no que resultam na manutenção de espécies, promovendo a sua preservação e reintrodução de espécies extintas na natureza, como é caso da Ararinha Azul “Cyanopsitta spixii”.