Polícia Federal garante cessão de delegado à CPI

Por Diretoria de Comunicação da Assembléia/TO
22/08/2007 12h24 - Publicado há 17 anos
Deputado José Santana
Deputado José Santana
Diretoria de Comunicação / HD
O presidente da CPI do Narcotráfico, deputado José Santana (PT), recebeu a garantia da Polícia Federal (PF) de que será cedido um delegado para auxiliar no andamento dos trabalhos da CPI. A promessa foi obtida na sede da PF em Brasília, onde o parlamentar esteve na última terça-feira, dia 30. Santana também cobrou, na sede do Banco Central, os pedidos de quebra de sigilo bancário aprovados via requerimento na última reunião da CPI, de Misilvan Chavier dos Santos, o Parcerinho, e da patrocinadora de seu livro, “Ganhar também é saber perder”, Elenita Leite de Sousa. O Senado deve enviar até sexta-feira informações a respeito de um funcionário suspeito de envolvimento com o narcotráfico no Tocantins. Ele teria estado em São Félix do Xingú, onde Parceirinho operava. O funcionário foi demitido do Senado, por motivos ainda desconhecidos pelos membros da CPI, que também ainda desconhecem em que gabinete ele trabalhava. Na próxima sexta-feira, dia 2, a Comissão deve realizar reunião administrativa, na qual deve ser discutida a aprovação de requerimentos para solicitar ao Tribunal de Justiça do Estado e a algumas comarcas as cópias dos habeas corpus concedidos por desembargadores a narcotraficantes, conforme denúncias recebidas. Testemunhas “As testemunhas ainda estão em processo de convencimento”, explica Santana, referindo-se ao temor que elas têm em relação à segurança. Uma delas aguarda a chegada do delegado para depor. Parceirinho x Leonardo Mendonça A análise dos documentos referentes ao megatraficante Leonardo Mendonça, que atuava com Fernandinho Beira-Mar, prossegue, junto à do material referente a Parcerinho. José Santana comentou sobre das escutas telefônicas de Parceirinho: “A operação de substituição dos quadros é dinâmica. Os pilotos são a parte mais frágil de todo o esquema, sujeitos a mais riscos. Eles eram substituídos rapidamente, pelo que se pôde perceber nas escutas. O Parceirinho era só mais um operador. Ele caiu e caiu todo o grupo junto”, analisa. Os membros estão mapeando os aeroportos clandestinos do Estado. Denúncias via web Os deputados receberam 10 denúncias consideradas procedentes pela homepage da CPI do Narcotráfico (http://www.al.to.gov.br/cpi), sendo três de teor político e sete com conteúdo bem fundamentado. Santana aguarda a chegada do delegado para investigar todas as denúncias recebidas. Debate Na última sexta-feira, dia 26, o presidente José Santana participou de um debate político com o senador Eduardo Siqueira Campos (PSDB), no auditório do CEULP/ ULBRA. Um dos blocos do debate foi sobre o tema “CPIs”. Para Satana a CPI é o instrumento de investigação da minoria, e vê com muita naturalidade sua realização em um ano eleitoral, pois tal fato não tiraria a obrigação do Congresso e das assembléias legislativas de investigarem. “CPI não é palco para fazer aparecerem as pessoas. As testemunhas não podem ser desrespeitadas. A CPI não julga, não acusa; ela investiga e apresenta relatório”, defende. “Debater, votar, levar benefícios são ações mais fáceis de serem feitas pelo Legislativo. Investigar é mais difícil”, avalia. O presidente ainda garante que “fará de tudo para impedir o uso político da CPI”.