Suspeito terá seu sigilo quebrado pela CPI

Por Diretoria de Comunicação da Assembléia/TO
22/08/2007 12h24 - Publicado há 16 anos
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Reunião administrativa
Diretoria de Comunicação / HD
Os requerimentos que pedem a quebra dos sigilos fiscal, bancário e telefônico de Misilvan Chavier dos Santos, o Parceirinho, e da pessoa que financiou a publicação de seu livro serão votados durante a reunião pública da CPI do Narcotráfico na próxima terça-feira, dia 16, após a sessão ordinária. O nome do mecenas será mantido sob sigilo. Três testemunhas irão depor na semana subseqüente à próxima. Os depoimentos que deveriam começar já na semana que vem foram adiados, devido à falta de informações necessárias para fomentar um interrogatório eficiente. Outro motivo é que ainda não há a segurança necessária para a proteção dos depoentes. Parceirinho só deve ser chamado após os depoimentos dessas três testemunhas, todos servidores públicos de origem tocantinense. As documentações aguardadas devem chegar aos deputados na próxima semana, dentre elas estão os processos em andamento na Justiça e a transcrição de escutas telefônicas. “Tudo será feito por meio de documentos com comprovações, dentro da legalidade”, garante o relator da CPI, deputado Sargento Aragão (PPS). A reunião ordinária da comissão foi antecipada para terça-feira, já que na próxima quarta-feira, dia 17, irá ocorrer a X Conferência Nacional dos Legislativos Estaduais, promovida pela Unale (União Nacional dos Legislativos Estaduais), em Manaus, na qual devem comparecer muitos dos deputados tocantinenses. Denúncias O presidente da CPI, deputado José Santana (PT), diz que já recebeu quatro importantes denúncias pela internet, via site da CPI do Narcotráfico. Focos Os membros da comissão hoje trabalham em sete focos de investigação, sendo um deles o próprio Parceirinho. Outro foco diz respeito à localização de uma fazenda no Estado, utilizada em um esquema de transporte de droga do Brasil para a Europa. O delegado paulista Luiz Ozilak Nunes da Silva é suspeito de comandar o esquema de transporte da droga de avião da Colômbia até a fronteira com o Brasil, segundo reportagem veiculada pelo Jornal Nacional da Rede Globo de Televisão. Eles também solicitaram à Polícia Federal (PF) que investigue a respeito de uma empresa de importação e exportação, suspeita de comercializar cocaína em meio a outras mercadorias. Tal empresa já teve sede no Tocantins, mas hoje está estabelecida fora do Estado. “As mercadorias são, principalmente, produtos do agronegócio”, explica o petista. “É o que chamamos de ‘carga falsificada”’, acrescenta o pepessista. A identidade da empresa será mantida sob sigilo, até que se concluam as investigações.