Deputado questiona custos e falta de funcionamento do SGD

Por Gabriela Melo
23/10/2019 17h39 - Publicado há 4 anos
Deputado Professor Júnior Geo
Deputado Professor Júnior Geo
Dicom/AL / HD

O deputado estadual Professor Júnior Geo (PROS) apresentou um requerimento nessa quarta-feira, 23, solicitando que o Executivo restabeleça e informe as causas da interrupção do Sistema de Gestão de Documentos (SGD) e quais as medidas usadas para a manutenção da segurança, integridade e backup da documentação armazenada, tanto pela empresa que forneceu o sistema, quanto pelos servidores responsáveis, tendo em vista a relevância do sistema para a gestão dos documentos do Estado.

Segundo Geo, o programa não funcionava desde a última sexta-feira, 18, e voltou a funcionar após a sua solicitação durante a sessão ordinária. A descoberta ocorreu ao buscar respostas sobre a destinação das emendas parlamentares, as quais a documentação também pode ser corrompida ou perdida.

Em nota, a Agência de Tecnologia da Informação (ATI) informou que, “por conta das oscilações de energia ocorridas no Palácio Araguaia neste mês de outubro, os arquivos digitais que foram inseridos no SGD, entre os dias 14 e 17 do corrente mês, foram corrompidos. Por se tratar de arquivos armazenados criptografados não há possibilidade de recuperação, obrigando a sua reinserção no referido sistema”. Como solução, a ATI afirmou que disponibilizou a cada Unidade Gestora do Governo um relatório de todos os arquivos que devem ser reinseridos e as ferramentas para que o trabalho seja realizado.

Geo também questionou o alto custo do SGD diante da possibilidade de sistemas gratuitos, como o utilizado no Tribunal de Justiça do Tocantins e no Exército. “É pago, é caro e existe a versão gratuita”, destacou.

Segundo o deputado, o Tocantins já gastou mais de 10 milhões de reais com o sistema e possui um valor mensal de manutenção de mais de 60 mil reais. Ele defende para que haja uma equipe técnica na área de software e de informática que possa suprir essa necessidade sem custo algum, uma vez que já dispõe de pessoal.

“Se há dinheiro em caixa e sobrando para esse tipo de gasto, aparentemente sem necessidade, por que então pagar uma data-base de apenas 1%? Por que então deixar a saúde pública na situação que se encontra? Por que não resolver os problemas pontuais de escolas sem climatização?”, questionou o Professor Júnior Geo.

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