Deputados tocantinenses são eleitos para a diretoria da Unale
Os deputados estaduais Ricardo Ayres (PSB) e Olyntho Neto
(PSDB) foram eleitos para os cargos de vice-presidente e secretário,
respectivamente, da União Nacional dos Legisladores e Legislativos Estaduais
(Unale) para o biênio 2020/2021. A eleição aconteceu no encerramento da 23ª
Conferência Nacional do Legisladores e Legislativos Estaduais (CNLE), realizada
entre os dias 20 e 22, em Salvador (BA).
Ayres destacou a importância da eleição para o Legislativo tocantinense. “É um sinal de prestígio [para a Assembleia] e reflete também a importância da participação dos deputados locais na conferência”, explicou.
O parlamentar enfatizou a importância das discussões durante todo o evento, que teve como tema principal Humanizando as Leis em um Novo Tempo. “Foi uma excelente troca de boas experiências com outros deputados. A partir de agora, nosso objetivo é fortalecer ainda mais a entidade”, destacou.
O ponto principal, porém, segundo ele, é a busca pelo fortalecimento dos Parlamentos estaduais, sobretudo neste momento, em que é crescente a crise de representatividade. “Fortalecer para que isso seja superado e as pessoas se entusiasmem novamente com a política e participem das discussões políticas, inclusive como candidatas”.
Olyntho Neto também destacou a ampliação da representatividade do Tocantins na Unale, bem como a importância do tema da conferência. “Acredito que esses encontros são excelentes para a troca de experiências entre parlamentares. O estudo e debate do tema, “Humanizando as Leis de um Novo Tempo" , irão fazer com que as assembleias obtenham melhor avaliação, aceitação e compreensão por parte da comunidade sobre o que fazemos, que são as leis e o trabalho de fiscalizar o Executivo”, destacou.
Gestão e governança
A eficiência na gestão e projetos de lei para garantir a governança nas administrações públicas foi outro tema muito debatido durante a Conferência. O ministro Augusto Nardes, do Tribunal de Contas da União (TCU), por exemplo, destacou que a insatisfação da população brasileira com o alcance e ações do Estado, tanto por parte do Legislativo, Judiciário e Executivo, pode ser justificada pela ausência de governança. “Existem hoje no país 14 mil obras inacabadas, por falta de planejamento, análise de riscos, enfim, falta de governança”, observou Nardes.
Ele citou também a situação das contas públicas
de alguns entes da Federação, defendendo educação financeira para estados e
municípios. “Atualmente, onze Estados estão com salários atrasados”, revelou
durante palestra sobre ‘cases de humanização’ do TCU.