Diligências prosseguem na CPI

Por Diretoria de Comunicação da Assembléia/TO
22/08/2007 12h24 - Publicado há 16 anos
CPI do Narcotráfico
CPI do Narcotráfico
Diretoria de Comunicação / HD
Os deputados membros da CPI do Narcotráfico, José Santana (PT), presidente, e Sargento Aragão (PPS), relator, após reunião administrativa realizada na tarde de hoje, dia 12, devem requisitar à Secretaria de Segurança Pública (SSP) duas diligências, uma no próprio território tocantinense, e outra fora do Estado. “Já temos as informações, mas precisamos de investigação profissional, por isso recorremos à SSP”, diz Santana. Eles também solicitaram à Polícia Federal (PF) que investigue a respeito de uma empresa de importação e exportação suspeita de comercializar cocaína em meio a outras mercadorias. Tal empresa já teve sede no Tocantins, mas hoje está estabelecida fora do Estado. “As mercadorias são, principalmente, produtos do agronegócio”, explica o petista. “É o que chamamos de ‘carga falsificada’”, acrescenta o pepessista. A identidade da empresa será mantida sob sigilo, até que se concluam as investigações. Viagens Santana e Aragão apuraram informações, durante os últimos oito dias, nas cidades de Guaraí, Tupiratins e Gurupi. Os deputados devem sair do Estado na próxima semana, mas as localidades ainda são mantidas sob sigilo. Cooperações Os órgãos públicos que mais têm cooperado até o momento são a PF e o Ministério Público Federal, segundo os deputados. Como ainda não foi estabelecida uma parceria com o Tribunal de Justiça, o presidente tem ido pessoalmente até as comarcas para adquirir as documentações necessárias, como ocorreu na Comarca de Guaraí. Ele se mostrou satisfeito com o apoio que tem recebido da população: “Visitamos e recebemos visitas de pessoas que nos passaram informações, que vamos checar agora. Embora tenha sido um período curto, consideramos que foi muito produtivo”, avalia. Oitivas Santana explica que as testemunhas serão ouvidas, primeiramente, em particular. Estando as mesmas com proteção garantida, serão chamadas a depor, nas oitivas públicas da CPI. Ele e Aragão preocupam-se com possíveis represálias que os depoentes possam vir a sofrer: “Quanto menos gente tiver problemas depois da CPI, melhor”, diz o petista, apreensivo. “Algumas pessoas já se dispuseram a vir à CPI para prestar esclarecimentos, como testemunhas”, explica Santana, “mas nós não definimos ainda as datas porque precisamos de estratégias para proteger essas pessoas, já que se trata de informações graves”, completa. “A preocupação com a segurança das testemunhas é grande, porque são depoimentos que realmente irão ‘balançar as estruturas’, não só no Tocantins, mas nacionalmente”, conjectura Aragão. Novo link O link para o novo site da CPI do Narcotráfico estará disponível a partir da próxima semana, na página da Assembléia Legislativa. A página irá possibilitar à população fazer denúncias anonimamente; além disso, também deve estar disponível um Disk Denúncia via sistema 0800. “Esse serviço de informação é um serviço de inteligência, e através de um sistema de inteligência é que se consegue chegar às grandes descobertas”, analisa o relator, esperançoso.