AL defende maior participação das mulheres nos poderes

A comemoração do Dia Internacional da Mulher, na Assembléia Legislativa, foi permeada por discursos de importantes representantes femininas da esfera do poder tocantinense. Elas ressaltaram, sobretudo, que ainda há um longo e árduo caminho a ser trilhado, a fim de que as mulheres ocupem o lugar que lhes é de direito no comando dos governos e da nação. “É preciso a participação das mulheres em todos os espaços que nós podemos ocupar, saindo de casa e conciliando o espaço doméstico com as atividades das instâncias decisórias do nosso País”, ressaltou incisivamente a deputada Josi Nunes (PMDB). Ela aponta estudos que demonstram que, em países onde as mulheres ocupam 50% dos cargos de poder, os índices de desenvolvimento humano são os mais altos do mundo, os de corrupção, os menores e os recursos chegam ao seu destino final – obras sociais, saúde, educação, entre outros investimentos. Esses países, ainda, possuem uma melhor distribuição de renda. A ausência de referenciais femininos no poder e a desconfiança das eleitoras nas mulheres que tentam nele ingressar seriam fatores contribuidores para impedir a participação da mulher na política e nos cargos de comando. “Aqui, as mulheres ainda não construíram sua identidade e trilham os caminhos dos homens”, lamenta a peemedebista. A deputada Solange Duailibe (PT) acrescentou que “temos mulheres capacitadas para assumir esta responsabilidade no poder político, é preciso apenas que sejam criadas oportunidades para tanto”. Ela também avalia, com pesar, o fato de o rendimento médio salarial palmense das mulheres ser de apenas R$535,00, ao passo que o dos homens é de R$902,79. “A luta pela igualdade de direitos é obrigação de todos e de todas”, completa. Já a secretária do Trabalho e Ação Social, Walquíria Rezende, que representou a primeira-dama do Estado, Dulce Miranda, fez questão de ressaltar as ações do governo estadual que, segundo ela, vêm priorizando a mulher, com especial atenção à questão da ampliação do centro de geração de renda. “A emancipação das famílias passa muitas vezes pela renda da mulher, por isto, temos focado nossos esforços para criar condições para que a mulher aproveite as oportunidades que estão surgindo com este novo tempo que vive o Estado do Tocantins”, explicou Walkíria.