Claudia Lelis propõe PL para reconhecimento da dança Suça como Patrimônio Cultural e Imaterial

Por Fátima Miranda
22/10/2025 12h24 - Publicado há 9 horas
PL quer que dança Suça seja patrimônio imaterial do Tocantins
PL quer que dança Suça seja patrimônio imaterial do Tocantins
Divulgação / HD

Parlamentar reforça seu compromisso com a valorização das tradições afro-brasileiras e quilombolas do Estado

A deputada estadual Claudia Lelis (PV) apresentou na Assembleia Legislativa do Tocantins (Aleto), na sessão da última terça-feira, 21, projeto de lei que reconhece a dança Suça, tradicional manifestação cultural e religiosa originária do município de Natividade, como Patrimônio Cultural e Imaterial do Estado do Tocantins. A proposta reforça o compromisso da parlamentar com a preservação da identidade cultural e o fortalecimento das expressões que traduzem a diversidade e a riqueza do povo tocantinense.

Preservação da identidade

Para Claudia, o reconhecimento da Suça como patrimônio imaterial é um ato de justiça cultural e histórica. “Preservar esta dança é preservar nossa história, nossa ancestralidade e a força das comunidades quilombolas que mantêm viva essa tradição há gerações. O Tocantins tem uma identidade rica e plural, e precisamos garantir que essas manifestações continuem inspirando nosso povo”, destacou a deputada.

Fomento à cultura e valorização das raízes tocantinenses

O projeto prevê que o Poder Executivo, por meio da Secretaria da Cultura e Turismo, promova ações de apoio, registro e fomento à prática da Suça, incluindo sua inclusão em projetos educativos, turísticos e culturais. Defensora e incentivadora da cultura tocantinense, Claudia reforça que valorização cultural é também desenvolvimento social.

“Investir em cultura é investir em pertencimento, em autoestima e em oportunidades. A Suça é uma herança que precisa ser celebrada e reconhecida oficialmente como símbolo da nossa história”, afirmou. Com a iniciativa, a deputada reafirma seu papel como porta-voz das tradições populares e da diversidade cultural do Tocantins, fortalecendo a preservação da memória e das manifestações que formam a alma do Estado.

Tradição e resistência

A dança da Suça chegou no Tocantins por volta do século XVIII, por meio de descendentes africanos escravizados que foram trazidos para trabalhar em minas de ouro, na região sul do estado.

De origem afro-brasileira e quilombola é encontrada em cidades como Natividade, Chapada de Natividade, Dianópolis, Paranã, Santa Rosa do Tocantins, Almas, Arraias e Monte do Carmo. Tradicionalmente celebrada em homenagem ao Divino Espírito Santo e a São Sebastião, a dança mistura cânticos, percussões e movimentos ritmados, representando fé, resistência e alegria coletiva.

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